Escrever sempre foi uma das paixões de Iris Abravanel (63), que começou a trilhar sua carreira na ficção incentivada pelo amado, o dono do SBT, Silvio Santos (81). “Ele
estava com dificuldades para encontrar autores, então, lancei a ideia:
‘E se eu fizesse uma novela?’ Na mesma hora ele aprovou! Silvio gosta do
que escrevo. Quando dou um presente a ele, acho que ele gosta mais do
cartão que do presente. Sempre coloco no papel o que não consigo
expressar falando”, conta ela, nos estúdios da emissora. “Novela
é algo em que Silvio não se aprofundou, mas ele acabou sabendo mais
sobre o funcionamento deste universo comigo. Seu negócio são os games,
os programas e a parte empresarial.”
Longe dos holofotes, a dramaturga confessa que a vida do casal se pauta pela cumplicidade e amor. “Silvio
é o amor da minha vida. Casamento não é fácil, mas é bom lutarmos para
as coisas darem certo e isso é uma responsabilidade individual. Com o
passar do tempo, ao ver a família unida, vemos como é gratificante essa
jornada”, reflete a mãe de Daniela Beyruti (35), Patrícia (34), Rebeca (32) e Renata Abravanel (27) — irmãs de Cintia (49) e Silvia (41), da primeira união de Silvio. “Claro que temos altos e baixos, mas o ingrediente fundamental é o amor”, acrescenta. Nos momentos de folga, o par tem entre os destinos favoritos Miami, onde a vida ganha contornos de anonimato. “Fazemos supermercado e dividimos tarefas domésticas. Adoro cozinhar. Depois, ele limpa a cozinha. Aliás, limpa melhor que eu”, revela Iris, que, em 2009, adaptou para o SBT Vende-se um Véu de Noiva, novela de Janete Clair (1925-1983).
Prestes a estrear a quarta novela na emissora do amado, o remake da infantil Carrossel, a carioca não esconde a alegria de trabalhar com crianças.
“Dá trabalho, mas é gratificante ver o processo de evolução delas a
cada dia. Fiz pesquisas em escolas, e tudo isso me fez reviver minha
história de mãe e professora”, comenta Iris, que deixou as salas de
aula após se casar com o comunicador, há mais de trinta anos. No elenco
da trama — sucesso no Brasil nos anos 1990 — está Maísa Silva (9), que já dividiu palco com Silvio.
Segura, a autora faz das críticas uma forma de aprendizado. “Há críticas
que nos ajudam a melhorar e a aperfeiçoar, mas também há as negativas e
maldosas, que procuro deixar de lado. É preciso tomar uma injeção
contra a maldade, e Carrossel fala muito sobre isso, sobre a
bondade, algo que todos nós precisamos”, explica ela, cujo sonho é continuar criando histórias.
“Quero ver a teledramaturgia solidificada, escrever outras novelas,
poder trabalhar até o fim da minha vida e ajudar esse mundo a ser um
pouquinho melhor.”
Fonte: Caras
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