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domingo, 8 de julho de 2012

'Os pais se identificam com a personagem', diz Gabriela Freitas, a Lilian Guerra de 'Carrossel'

Apesar de já ter feito participações especiais em Bela, A Feia e Cidadão Brasileiro, ambas na Record, Gabriela Freitas (37) não esconde a felicidade de atuar pela primeira vez do início ao fim de uma novela. Na pele de Lilian Guerra, a mãe do levado Paulo (Lucas Santos) e da exemplar Marcelina (Ana Vitória Zimmermann) em Carrossel, do SBT, ela comemora o êxito na carreira após uma longa trajetória no teatro e como modelo na publicidade.
Em entrevista exclusiva à CARAS Online, a atriz fala da personalidade de Lilian Guerra, da repercussão entre os pais que a abordam na rua, do sonho de continuar nas novelas e do desejo de atuar em um longa metragem.
- Como você ingressou no SBT?
- Eu já trabalhei para a emissora fazendo alguns comerciais e tinha mandado meu material para lá. Então, fui chamada para fazer o teste para uma das professoras da novela, mas fui aprovada para interpretar a Lilian.
- Como é a sua personagem?
- Ela é uma mãe muito próxima de mim e da maioria das mães. Educa, cuida, cobra e ensina, mas acho que ela é um pouco submissa ao marido, Roberto Guerra (Fábio Dias). Ela tenta fazer tudo o que uma mãe faz, mas o Paulo é meio levado. O pai coloca o menino de castigo e, com dó, ela vai lá e o livra da punição, e isso não tem a ver comigo. Lilian também é carinhosa com os dois filhos, não tem predileção, mas os filhos são muito diferentes.
- Com o seu filho, Peterson Junior (18), sua relação é parecida com a de Lilian com Paulo e Marcelina?
- A relação de mãe e filho é semelhante, embora o Peterson não seja da mesma faixa etária que Paulo e Marcelina. Também não sou a favor da violência e deixar de castigo, sou a favor de sentar, conversar e acertar. Eu nunca precisei bater no meu filho e ele sempre foi muito do bem. Dá para ensinar sem precisar bater.
- O que você gostaria que acontecesse de bom com sua personagem?
- Acho que ainda tem muita coisa para acontecer, mas deixar de ser submissa seria uma coisa boa. Não é positiva essa submissão, pois os pais precisam entrar num consenso para educar os filhos. Acho que, se ela deixar de ser subordinada, poderia participar mais e se sentir mais à vontade para criar os filhos, o que seria muito melhor.
- Como é seu ritmo de gravações? Está sempre cercada de crianças no estúdio?
- Não gravo diariamente, por mês são duas ou três vezes, e fico metade de um dia no estúdio. A maioria das minhas cenas é com Paulo e Marcelina, na casa da família Guerra. Tive pouca cena com todas as crianças, mas, apesar de serem agitadas, são muito profissionais na hora da gravação. O clima é alegre e muito divertido.
- Gosta de trabalhar com crianças?
- Para mim, trabalhar com criança é um prazer, sempre amei. Na publicidade sempre estive envolvida com crianças, então tenho essa facilidade e gosto de estar com elas.
- O público se identifica com sua personagem?
- Sim. As pessoas me chamam para perguntar ‘como você lida com aquele menino levado?’ e falam ‘você precisa dar um jeito nele’ [risos]. Os pais, principalmente as mães, sentem uma necessidade de resolver questões como essa, pois se incomodam com as atitudes das crianças. Outra coisa boa que poderia acontecer com a minha personagem é ela dar a volta por cima e conseguir domar esse lado levado do Paulo. Tem que estar em cima, cobrar e não pode relaxar, senão a criança vai desviando. Acho que as mães se identificam muito com esse papel e muitas delas não sabem o que fazer.
- Gosta de assistir à novela?
- Não assisto todos os dias, porque faço vôlei e dança no horário da novela, mas gravo e assisto depois, geralmente aos finais de semana. Gosto de ver meu desempenho e de me analisar, sou muito crítica, mas eu tenho realmente gostado do que tenho visto. E as pessoas também gostam bastante. Toda família assiste, principalmente meu filho e meu marido, Peterson. Eles são tudo para mim, sempre me acompanham, me ajudam e me dão uma força.
- Após Carrossel, pretende continuar nas novelas?
- Com certeza. Acho que essa profissão tem muitas ramificações para trabalhar. Comecei no teatro, continuo na publicidade e quero continuar na TV, além de já ter feito um curta metragem e sonhar atuar em um longa. Quero fazer todas as variáveis desta profissão. Agora que eu senti o gostinho, não tem como parar!
- Qual personagem você sonha fazer?
- Na publicidade sempre faço mãe e já fiz diversas coisas no teatro, de criança a idoso, mas não sei o que gostaria. Quero deixar acontecer, gosto de ser surpreendida, de desafio e sempre dou o meu melhor.

Fonte: Caras

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