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domingo, 3 de fevereiro de 2013

Por conta de merchandising, “Carrossel” está na mira do Conar

Em 2012, o Conar julgou 41 casos relativos a publicidade infantil. Três deles eram referentes a ações de merchandising para crianças na novela Carrossel, do SBT. Nos três, a entidade condenou a emissora e os anunciantes (Cacau Show, Giraffa’s e Chamyto) por ações envolvendo personagens da trama e seus produtos.
Segundo informações do “Meio e Mensagem”, após os polêmicos processos de 2012, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária estabeleceu novas regras em relação à publicidade infantil. A partir de 1º de março, fica vetada a atuação mirim em merchans, bem como o uso de elementos infantis ou outros artifícios com o objetivo de captar a atenção deste público. Os programas infantis só poderão vir acompanhados de anúncios de produtos e serviços para crianças em seus intervalos e em espaços nitidamente comerciais.
As mudanças representam um dos maiores esforços do Conar desde que reviu o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (Cbap), em 2006, incorporando regras sobre publicidade infantil.
As mudanças são consideradas importantes pelo Conselho, na medida em que há “a necessidade de ampliar-se a proteção a públicos vulneráveis, que podem enfrentar maior dificuldade para identificar manifestações publicitárias em conteúdos editoriais”.
O órgão informa que é favor, no entanto, do acesso de crianças e adolescentes à “publicidade ética”. “O consumo é indispensável à vida das pessoas e entendemos a publicidade como parte essencial da educação. Privar crianças e adolescentes do acesso à publicidade é debilitá-las, pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes dependem de informação”, diz Gilberto Leifert, presidente da entidade e executivo da Globo, via comunicado.

SBT se pronuncia sobre o assunto
De acordo com informações do jornalista Daniel Castro, o SBT informa que já vem cumprindo a medida desde novembro, quando assumiu compromisso com o Procon de banir publicidade para crianças em sua novela.
Segundo a emissora de Silvio Santos, não houve prejuízos. Todas as ações de merchandising teriam sido adaptadas para personagens adultos, sem a participação de crianças.

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