O SBT é conhecido por suas chamadas provocativas, seus títulos
estranbolicos e também por seus slongans pretensiosos, como por exemplo:
“A concorrência vai tremer de medo”. Mas verdade seja dita, a emissora
acertou em cheio no slogan de “Carrossel”.
Anunciada como “A novela que vai unir a família brasileira”, o remake
mexicano foi além e reuniu vários tipos de família dentro da própria
história. Assim como no texto original, o que se vê no folhetim é um
mapeamento social, porém atualizado para o Brasil da atualidade.
A humilde família de Carmen (Natália Vaz) ascendeu tendo como
contexto o desorganizado desenvolvimento econômico do país. A casa de
Cirilo (Jean Paulo Campos) também representa a nova e tão falada classe
C, embora de condições modestas, seus pais vivem consumindo, inclusive
já colocaram TV a Cabo, serviço que há dez anos se limitava a um seleto
grupo.
Entre as mais diversificadas famílias expostas em “Carrossel”, a que
mais se destaca em nível de teledramaturgia é a do personagem Mário
(Gustavo Daneluz). Nas últimas semanas, o público se emocionou com o
sofrimento do menino sem mãe. Rebelde, Mário briga o tempo todo com sua
madrasta, enquanto seu pai trabalha sem poder lhe dar atenção.
Não é só pelo tema delicado e emotivo que o núcleo se faz um dos mais
interessantes da novela, a intepretação e a sintonia dos atores
envolvidos contribuem de forma decisiva para isto. Diferente dos outros
núcleos, a Família de Germano (Ithamar Lembo) não apresenta atuações
fracas. Nábia Vilela que faz o papel de Natália é uma grata surpresa. A
atriz conseguiu fazer uma vilã comedida, humana e ao mesmo tempo
detestável.
Enquanto pai, madrasta e entiado não se acertam, as famílias do outro
lado da TV se sensibilizam com esta excelente representação.
Fonte: Coisas de Novela
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