Óculos escuros, rosto lavado e cabelos úmidos, sinal de quem acabou de
sair do banho. São 9h da quarta-feira (5) e, com essa cara de menina
despojada, Rosanne Mulholland,
31 anos, chega para a entrevista em um cinema da Avenida Paulista, em
São Paulo. Hoje ela interpreta a doce professora Helena na versão
brasileira de Carrossel, atual maior audiência do SBT, mas, nos
19 anos de carreira, já viveu mulheres fatais e até um travesti. ''Ela é
um vulcão, maravilhosa; adapta-se a qualquer papel, tem frescor, tem um
rosto universal'', dizia o diretor Carlos Reinchenbach, falecido há
três meses, na época do lançamento de seu último filme, Falsa Loura,
protagonizado por Rosanne em 2007.
''Fotografo bem e pareço mais bonita. Nunca fui um mulherão'', acredita
a atriz de 1,67 metro e 53 quilos. Recentemente, uma cena sua de nudez
foi parar na internet e causou polêmica. ''Tiraram o quadro do contexto.
Foi um desrespeito à obra e fiquei chateada. Estou adorando interpretar
Helena, um marco da minha carreira, mas não sou uma atriz infantil. Não
quero rótulos e me orgulho de todos os papéis que fiz'', conta Rosanne,
que demonstra a seguir sua versatilidade.
As pazes com o rosto de mocinha
''O óbvio da minha aparência era o perfil da mocinha. Comecei a estudar teatro aos 12 anos, em Brasília, minha cidade natal. Aos 18, eu morria de medo e pensava: ‘Ai, credo, só falta, por causa dessa minha cara, sempre me escalarem para papéis de meninas boas. Será que vou ficar marcada? Será que nunca farei personagens complexos?’ E fui atrás de personagens diferentes. Aos 30 anos, vi que era um preconceito meu, que eu não precisaria buscar esses papéis especialmente no cinema como se o mundo fosse acabar amanhã e que uma atriz deve percorrer todas as áreas de sua profissão. Del Rangel (57, então diretor de novelas do SBT) havia trabalhado comigo em Água na Boca (novela da Band de 2008), sabia que eu tinha essa cara e me chamou para fazer um teste para o papel da professora Helena. Dois dias depois, eu estava prestes a apresentar o Festival de Brasília (em setembro passado) e me ligaram, comemorando: ‘Você é a professora Helena!’ Fiquei passada na hora.Pensei: ‘Chegou a hora de fazer as pazes com minha mocinha interior’ (risos).''
''O óbvio da minha aparência era o perfil da mocinha. Comecei a estudar teatro aos 12 anos, em Brasília, minha cidade natal. Aos 18, eu morria de medo e pensava: ‘Ai, credo, só falta, por causa dessa minha cara, sempre me escalarem para papéis de meninas boas. Será que vou ficar marcada? Será que nunca farei personagens complexos?’ E fui atrás de personagens diferentes. Aos 30 anos, vi que era um preconceito meu, que eu não precisaria buscar esses papéis especialmente no cinema como se o mundo fosse acabar amanhã e que uma atriz deve percorrer todas as áreas de sua profissão. Del Rangel (57, então diretor de novelas do SBT) havia trabalhado comigo em Água na Boca (novela da Band de 2008), sabia que eu tinha essa cara e me chamou para fazer um teste para o papel da professora Helena. Dois dias depois, eu estava prestes a apresentar o Festival de Brasília (em setembro passado) e me ligaram, comemorando: ‘Você é a professora Helena!’ Fiquei passada na hora.Pensei: ‘Chegou a hora de fazer as pazes com minha mocinha interior’ (risos).''
Fonte: Contigo
0 comentários:
Postar um comentário