O remake que o SBT está fazendo de Carrossel só
começa na próxima segunda-feira (21/5), mas de antemão vamos relembrar
um pouco como foi a primeira versão da novela e o que sua exibição
causou aqui no Brasil. Para quem não sabe, em janeiro de 1991 Carrossel poderia ter sido comprada pela Rede Globo. A novela que sugou a audiência de O Dono do Mundo (novela das oito da época) e do Jornal Nacional
(o índice alcançado pela mexicana chegava a 30 pontos contra 39 do
telejornal) foi oferecida à emissora carioca, mas passou despercebida
devido ao fato de ser direcionada a crianças. Logo depois, o SBT
arrematou a novela por US$ 300 mil.
Carrosselestreou dia 20 de maio de 1991 (o remake do
SBT estreia quase exatos 21 anos depois) e abriu discussões: sociólogos e
psicólogos tentavam explicar o sucesso da novela, que a cada semana que
passava tirava o sono da Globo, que via sua audiência no horário nobre
ameaçada por uma produção mexicana. A explicação era muito óbvia: Carrossel
apresentava diálogos objetivos, o caráter do personagem era visível
desde a primeira vez em que entrava em cena, além de ter sido uma novela
ágil, com nada que se arrastasse durante meses. Era uma sequência de
problemas da vida – que todos têm – que era solucionado em questão de
poucos capítulos. Um círculo vicioso para quem assistia. Problemas de
crianças na escola, como aquele que não fez o dever de casa ou aquele
que sofre no recreio, atormentado por um “grandão”, eram retratados com
certa peculiaridade.
Para terem uma ideia, o SBT preparou vídeos de alguns famosos falando
bem da novelinha. O ministro da Educação da época, Carlos Chiarelli,
chocou muitos quando declarou no ar que assistia Carrossel. No
vídeo, Chiarelli dizia que a novela revivia um pouco o tempo que todos
tivemos na escola e que ali estava o gordo, magro, rico e o pobre. “E
que nós, que vivemos em um mundo de tanta violência, de tantas fantasias
e ilusões, possamos parar e nos debruçar um pouco num mundo tão grande e
tão pequeno das salas de aula”, dizia. O texto terminava com o ministro
dizendo que a novela fazia um bem muito grande. Além dele, figuras como
Paulo Maluf e Lula também prestaram depoimentos à novela.
Tempos são outros e as crianças também
Gabriela Rivera, a professorinha Helena da primeira versão, virou uma
mega celebridade no Brasil, fato que lhe rendeu um contrato de
exclusividade milionário com a marca Pullman e um encontro com o então
presidente da República, Fernando Collor de Mello na rampa do Palácio do
Planalto, onde foi cercada por quase 3 mil crianças – um encontro
memorável.
Com um investimento irrisório, o SBT, com essa aquisição, marcou toda uma geração. Carrossel, na verdade, foi um divisor de águas e virou referência no gênero.
A novela teve duração de 11 meses, 375 capítulos e terminou no dia 20 de abril de 1992. Agora, é muito provável que o remake
do SBT não dure todo esse tempo e não consiga todo esse barulho e
repercussão que a versão original causou. Os tempos são outros e as
crianças também. De qualquer forma, acredito que valha a pena conferir
como ficou a atriz Rosanne Mulholland com seu rostinho meigo e angelical
no papel de Helena, bem como seu algoz, a professora Suzana,
interpretado por Lívia Andrade.
Fonte: Observatório da Imprensa
VALEW SBT.....CARROSSEL VAI SER MAIS UMA VEZ SUCESSO...ESTAMOS ANSIOSOS PRA COMEÇAR LOGO!!!! MEU PERSONAGEM PREFERIDO JÁ ESCOLHI, SERÁ O DAVI, O MENININHO JUDEU!!! SHALOM!
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